terça-feira, 26 de novembro de 2013

Consumo e propósito!

Parecia ser só mais uma reunião de briefing para uma convenção de vendas. Eu ouviria as expectativas da empresa, apresentadas por um gerente e um analista, contaria algumas histórias para ilustrar os projetos já realizados, definiríamos alguns detalhes e eu sairia para elaborar uma proposta. Só que não foi bem assim…
Enquanto aguardava junto da imensa mesa de reuniões, imaginei o porquê de uma sala tão grande, até que começaram a entrar uma série de pessoas, todas apressadas, carregando notebooks, tablets e muitos, mas muitos celulares. Pareciam analistas, gerentes e um, em especial, foi o último a entrar, sentou-se na cabeceira da mesa, era de fato o diretor. De repente, lá estava eu, munido apenas de meu moleskine e um livro sobre a filosofia do trabalho, cercado por 14 pessoas de três diferentes áreas, todas ligadas à diretoria comercial.
O diretor olhou para todos e, junto com um gesto largo, disparou a pergunta: mas que diabos está acontecendo com o mercado!?” Houve um pequeno alvoroço na mesa e logo todos olhavam para a única pessoa de fora da equipe: eu! Arrumei-me na cadeira, tomei fôlego e fui o mais honesto possível…
Sim, é verdade, o mercado está mudando numa velocidade quase inalcançável, porém, ao contrário do que se pensa, estas transformações não ocorrem meramente por causa das novas tecnologias, redes sociais ou pelo acesso livre à informação. Dizem respeito, sim, às pessoas, o fator humano por detrás de todos estes novos aparatos e dinâmicas. Pessoas que, hoje, consomem marcas e produtos por outras motivações, não mais por simples necessidade, nem tão pouco por impulso, elas procuram propósito, algo que as valorize.
E é engraçado falar disso hoje, quando pensadores como como Sydney J. Harris, por volta da década de  oitenta, já dizia:
“As pessoas querem ser apreciadas, e não impressionadas. Querem ser vistas como seres humanos, e não como amplificadores do ego dos outros. Querem ser tratadas como um fim em si mesmas, e não como um meio para alimentar a vaidade alheia.”

Tão pouco desejam alimentar a vaidade das marcas! Portanto, aí está o desafio para as equipes de vendas, marketing e para nossas reuniões nas convenções: criar novas formas de valorizar o clientes, através de uma venda de valor!
Quando terminei minha breve exposição, a sala estava em silêncio. Pude perceber uma espécie de sorriso de desdém surgir na face da maioria dos presentes, olhando uns para os outros. Menos o diretor. Já imaginava as gargalhadas dos “descrentes”, mas minha imaginação foi cortada pelo diretor que, sério, perguntou como transmitir isso numa convenção!?
Os quase-risos sumiram, dando lugar aos semblantes sérios e pensativos. O diretor havia compreendido a mensagem e, talvez, colocando-se no lugar de cliente, que todos nós somos, percebeu que ele mesmo gosta de ser valorizado.
Existem diversos conceitos práticos e exercícios que contribuem para que equipes de vendas gerem maior valor para o cliente. O primeiro passo é conhecer de fato estas pessoas, colocar-se no lugar delas, observar seus comportamentos, simular o uso de produtos e serviços, a fim de compreender os diferentes perfis e segmentos de clientes, a partir de suas motivações.
Outra ideia interessante é a de projetar uma melhor experiência de compra, observando os detalhes que agregam valor, cada ponto de conexão entre cliente, produto/serviço e o trabalho do vendedor, seja no varejo, na venda consultiva, para bens de consumo duráveis ou não.
Por fim, os profissionais de vendas precisam rever sua comunicação, a maneira como se expressam, buscando uma linguagem mais assertiva, garantindo sua boa reputação. Este que tem sido um tema recorrente na mídia e nos diálogos entre consumidores de diferentes marcas.
Às vezes nos esquecemos que o significado de reputação está ligado à capacidade de uma marca entregar aquilo que promete! E de que a promessa está na comunicação da equipe de vendas.
Autor: Rafael Giuliano, Papos de Valor e Diálogos de Aprendizagem, criador do Método ApreciATO
Fonte: Liderança Online

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SEO - Fatores Relevantes na Otimização de Sites

O SEO é um conjunto de técnicas que visa melhorar a visibilidade de um site nos resultados dos sites de busca. Os sites de busca possuem diretrizes de qualidade para as páginas indexadas, além de critérios para definição da classificação das páginas nos resultados. Um profissional de SEO, assim como o gestor de um site, deve conhecer quais são essas diretrizes de qualidade, ou relevância, conforme o linguajar de SEO, pois esse conhecimento poderá aumentar as chances de bom rankeamento.

Desnecessário dizer, que quando se fala em sites de busca, não dá para não pensarmos no Google que detém mais de 90% do mercado de buscas no Brasil. Portanto, é para ele que devemos priorizar nossos esforços de SEO. Seguem os fatores que continuam sendo importantes em termos de otimização de sites - SEO.

Melhore o conteúdo Um aspecto prioritário e fundamental de SEO é a qualidade do conteúdo apresentado ao usuário. Concentre-se no conteúdo do site. Tenha páginas interativas onde as pessoas poderão postar seus comentários e opiniões sobre o assunto. Em breve você terá uma boa noção do que tem a oferecer e do que as pessoas desejam receber de seu site. A partir dai, será muito mais fácial melhorar e manter o conteúdo atualizado de acordo com os interesses dos visitantes. Lembre-se, o Google quer agradar seus usuários, portanto, irá rankear bem o seu site na medida em que os usuários gostarem dele. E não tenha duvida que, através do comportamento dos usuários, é possível realizar essa mensuração.

Mapa do Site - Como as pessoas vão chegar às páginas do seu site. Uma abordagem SEO comprovada é fornecer além do tradicional menu um mapa do site, que é a relação de links e páginas de destino do site. Se você não tiver um, o Google oferece um gerador de site-maps. Parece uma técnica óbvia de SEO, mas vale a pena repetir - um visitante deve ser capaz de chegar à página que procura com facilidadse e esse fator influenciará positivamente o rankeamento do site como um todo.

A hierarquia da página Web Outra dica de SEO é a identificação dos títulos em sua página web - H1, H2, H3, e assim por diante. Estas tags de título orientam o Google com relação a hierarquia da página, ou seja, o texto que ele deverá considerar como mais importante, o segundo, o terceiro, e assim por diante. O assunto principal da página deverá ser identificado com um título tags H1, e o secundário com uma tag H2 para transmitir essa informação ao Google. O uso apropriado de títulos beneficía tanto o leitor, quanto a otimização de site de busca.

Meta Tags e SEO As Meta tags perderam parte de sua importância que tinham nos primórdios da buscas, mas isso não significa que você deverá desconsiderá-las. Utiize principalmente as tags: "Tittle" e "Descripition" tomando o cuidado de repetir a palavra chave na descrição. Afinal, nunca se sabe se o google vai aproveitá-las ou não. O titulo deverá conter a palavra chave. A descrição, além de conter a palavra chave deve ter um conteudo que desperte o interesse do usuário em clicar na página.

Palavra chave Escolha criteriosamente qual é a palavra chave mais adequada para cada página considerando a aderência com o conteúdo e a popularidade dessa palavra, ou seja quanto mais procurada a palavra, maior chance de visitantes. Considere também a quantidade de páginas que contém a palavra chave, fazendo uma busca no Google. Quanto maior a quantidade de páginas, mais dificíl será colocar a página como top 10.

Links de navegação Antigamente os os links externos e interno não eram sequer considerados pelos sites de busca. Hoje, no entanto, são extremamente importantes como um critério de avaliação de uma página. Lembre-se que mais importante que a quantidade de links é a relevância do mesmo. Busque links de empresas não concorrentes que atuam no mesmo segmento. Ex: para uma petshop, é muito mais interessante receber um link de uma clinica veterinária do que de uma padaria. Lembre-se que quanto melhor o posicionamento da página que envia o link, maior é o pagerank que ela transferirá para a página de destino.

Fonte: Denis Mariotto

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Porque o conceito de site 100% seguro está 100% incorreto

É comum observarmos sites com selos e informativos dizendo que o ambiente é 100% seguro. Se houvesse a possibilidade dessa informação ser exibida em cores chamativas, fontes gigantes e banners exclusivos, com certeza ela estaria ali. Isso porque juntamente com a simples exibição de um selo, esse tipo de propaganda vende. Só tem um problema: vende errado. 

Se você, caro leitor, acredita em site 100% seguro, sinto desapontar, mas esse conceito não existe. A segurança de um website envolve muitos elos. Existem áreas de especialização e é possível encontrar várias empresas que ajudam a fazer cada elo dessa corrente de segurança realmente funcionar. Um certificado digital, por exemplo, não dá segurança ao website. Ele apenas garante a autenticidade e criptografia das informações trocadas. Um sistema antifraude, por exemplo, não dá segurança ao website. Ele apenas minimiza os riscos e garante que o lojista não tenha uma venda efetivada como fraude. Um sistema de análise de vulnerabilidades, por exemplo, não dá segurança ao website, ele apenas indica os pontos vulneráveis para que sejam corrigidos, para que com isso o website esteja menos suscetível a ataques. Com isso o site se torna mais seguro. 

Note que mais seguro é um conceito bem diferente de 100% seguro. Aumentar o nível de segurança não é garantir a segurança. A lista de recursos possíveis para serem aplicados no website é praticamente interminável e mesmo assim ele não estará 100% seguro. O que está ao alcance é utilizar tantos recursos quanto forem necessários para elevar a segurança no ambiente web e minimizar ao máximo os riscos. Se nesse momento você se pergunta por que alguém iria querer invadir seu site, a lista de razões também é praticamente interminável. Mas como principal, podemos listar a inserção de links ocultos que direcionam para outra página com o objetivo de ganhar popularidade nos buscadores, implementação de spywares ou malwares que infectem seus visitantes e fornecem controle para roubo de informações ou construção de redes botnets ou ainda envio de spam. 

Outro item extremamente sensível são informações de cartões de crédito e dados pessoais dos usuários. Dados de cartão, como bem sabem, são um capítulo à parte e respaldados por leis e o PCI DSS. Mesmo assim, perguntem a um pequeno lojista o que é PCI e provavelmente ele retornará com um olhar de interrogação. Já os dados pessoais dos usuários, podem ter que seguir legislação específica, caso o Projeto de Lei elaborado pelo Ministério e a Secretaria Nacional do Consumidor seja aprovado, onde empresas deverão garantir que os dados pessoais utilizados com autorização não vazem ou fiquem vulneráveis a ataques. 

Um dos elos da corrente de segurança passa por pessoas. E este é o elo mais fraco, pois ele não possui correções automáticas nem rápidas implementações. Funcionários necessitam de conscientização para não colocar em risco as operações da empresa com um simples clique. Desenvolvedores e profissionais ligados ao e-commerce necessitam de conscientização para absorver que segurança não se vende em caixas padronizadas. Consumidores necessitam de conscientização para entender a diferença de comprar em um site que investe em segurança e não apenas exibe um selo. 

Ter um serviço contratado geralmente dá ao site o direito de exibir o selo de validação. Existem muitos e muitos sites que exibem um selo, mas não possuem o serviço. E o que faz o consumidor? Compra de um ou de outro, sem distinção. Isso porque não recebeu a informação de ter isso como critério de escolha. E o investimento do lojista em segurança não é percebido. Conscientização é o ponto chave para mudar esse cenário. 

A maneira com que um empresa se preocupa com sua segurança web diz muito sobre a segurança com que trata os dados dos seus clientes. Em 2013 o mercado de e-commerce deve crescer cerca de 25% chegando a um faturamento de R$ 28 bilhões, segundo dados do e-Bit. Sensação de segurança é bom, mas saber que uma compra é realizada realmente com mais segurança é melhor ainda. A fase em que consumidores se contentam com selos de um site 100% seguro, precisa ser ultrapassada. Precisamos obter e usar o conhecimento, agir e disseminar ações, aprender e acima de tudo nos educar ao uso adequado da internet. 

Apenas assim conseguiremos estimular o mercado a nos dar mais do que uma simples entrega. Conseguiremos a satisfação de uma compra tranquila, seguida de melhores preços, atendimento e respeito. Com 100% de certeza. 

Fonte: Abraweb