segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Pequenos detalhes, grandes vendas

Um dia desses enquanto treinava uma líder de vendas, falávamos sobre detalhes em vendas. Ela, meio reticente, não acreditava  completamente na eficácia de prestar atenção a pequenos detalhes no processo de vendas.

Disse a ela sobre a necessidade de sempre colocar sorrisos na hora do atendimento, de falar palavras positivas, não parecer aquele vendedor que quer encher o próprio bolso e esvaziar o do cliente. Também tratamos da parte técnica nas vendas como prospecção, abordagem, necessidades e tudo mais, já muito bem tratado em livros e textos por grandes autores e treinadores, como um dos melhores que conheço: Raúl Candeloro da VendaMais.

Mas, ela estava preocupada porque seu pessoal tinha uma taxa de conversão em vendas em torno de 20%, baixíssima para quem vende móveis planejados de altíssima qualidade como os que sua empresa vendia. Principal objeção, segundo ela: você imagina? Isso mesmo... Preço.

Perguntei se seus vendedores estavam preocupados em realmente fazer perguntas para levantar necessidades dos clientes, para então apresentar benefícios. Ela me disse que eles contavam os detalhes do produto e explicavam a durabilidade, beleza, encaixe perfeito. “Bem, é o mínimo que um cliente espera quando compra alguma coisa que não é tão barata, não é?”. Disse a ela que benefício é o que o cliente entende como benefício, e não o que o vendedor conta para ele.

Na verdade, fizemos um treinamento bem completo, e, enquanto conversávamos, ela me disse que prospectavam bastante para produtores rurais, mas, a conversão em vendas era baixa. Explicou que visitavam os clientes, entravam em suas casas, a grande maioria de alto padrão, geralmente em meio a fazendas, onde tinham que deixar a Van da visita longe da casa, atravessando várias vezes estrada de terra pura. Faziam de tudo para agradar o cliente, apresentavam projetos interessantes e, segundo ela, ao gosto do cliente, no entanto, fechavam poucas vendas,
e, na cabeça dela, o problema era realmente o preço.

Fiquei intrigado, pois, se são casas de alto padrão, em fazendas, o preço não deveria ser exatamente a maior objeção, a não ser que fosse um exagero a diferença entre seus concorrentes, o que não era o caso.

Resolvi perguntar a ela: “Vocês tiram os sapatos depois de atravessarem o chão de terra, antes de entrar na casa dos clientes?”.
Ela sorriu e disse que não. Respondi: “A partir de agora vocês todos, vendedores, medidores, montadores, todos os que forem entrar na casa de qualquer cliente, não só desses, vão tirar os sapatos”.

“O que isso tem a ver com vendas?”, foi sua pergunta. “Venda tem a ver com respeitar e valorizar o cliente e o que ele tem, e, neste caso, será uma demonstração de extremo respeito ao tirar seu calçado para não sujar a casa que, talvez, ele tenha suado muito para construir, ou, que a própria dona tenha limpado”.

Na primeira visita à esposa de um produtor rural, que pediu orçamento para sala e quarto, cujo preço ficara em 95 mil reais, a vendedora que a atendeu tirou os sapatos antes de adentrar o imóvel. Quando conversei com ela, me disse surpreendida:

“Paulo, a dona Márcia ficou boquiaberta ao me ver tirar os sapatos. Na hora tentou fazer com que eu não tirasse, mas eu disse que meu sapato estava todo sujo e o tirei. Notei que tudo mudou naquela hora. Ela já me contou o quanto foi pobre e que sempre tirava os sapatos quando ia
visitar a casa dos parentes. Falamos sobre sua infância, tomamos chá, enfim, o que menos falamos foi sobre vendas. Porém, logo que terminei as medições ela me perguntou se havia uma maneira de firmar nosso compromisso de negócio. Falei que desenharia o projeto e lhe enviaria
o orçamento. Passei a noite desenhando e no dia seguinte cheguei no horário marcado. Quando comecei a lhe mostrar os valores ela me interrompeu perguntando onde ela assinava e se poderia pagar com um cheque para trinta dias. Rapidamente puxei meu bloco de pedido e ela o
assinou. Saí com o cheque em mãos”.

Detalhes tão pequenos de nós dois... Venda não tem que ser fria, nem tem que parecer venda. Se você estiver atento a detalhes tão singelos como o exposto, fique ciente de que a objeção de preço estará lá na base da lista, e não no topo da cabeça dos vendedores.

Toda a venda tem seus detalhes, suas maneiras, umas mais rápidas e práticas, outras mais lentas e técnicas. Dizem que quem vai comprar um Doril® não precisa ser bem atendido, porque só foi comprar um comprimido. Mas, experimente atender esse cliente com extrema antipatia e o verá cruzando a esquina e curando sua forte dor de cabeça com o sorriso do balconista, e, claro, o Doril®.

Lembre-se: pequenos detalhes, grandes vendas!

Abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre.

Fonte: Professor Paulo Sérgio Buhrer - www.professorpaulosergio.com.br

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Você Está Ouvindo Reclamações Suficientes?

São as queixas que você não escuta que doem mais. Então você procura por elas?

Em um dia de verão, um garoto que chamaremos de "Jimmy" entrou em uma loja de materiais de construção em uma pequena cidade e perguntou ao proprietário, um empresário local de sucesso, se poderia usar o telefone. "Claro", o homem disse. O empresário não pôde evitar ouvir um pedaço da conversa do garoto, que foi basicamente assim: "Oi, Senhora Wilson? Meu amigo e eu cortamos grama por alguns trocados pela cidade e eu estava pensando se a senhora gostaria que aparássemos o seu gramado?... Então, alguém mais corta seu gramado? Bem, a senhora está feliz com o trabalho que ele tem feito? Tem certeza de que nós não poderíamos tentar fazer esse trabalho?... Tudo bem então, bem, fico feliz que a senhora já tenha alguém de confiança para realizar esse trabalho, e obrigado pela atenção de qualquer forma".

Com isto, Jimmy colocou o telefone no gancho e saiu da loja, mas o empresário ficou com pena dele e quis aconselha-lo um pouco. "Jimmy", ele disse, "Você tem um estilo maravilhoso de engajamento, e você fez uma ótima tentativa de venda agora. Muito profissional. Mas vender é um jogo de sorte. Eu construí mais de um negócio na minha vida, e algo que sei é que você deve tentar de novo, e de novo. Se você ligou para dez pessoas assim como acabou de ligar para ela, aposto que você cortará dois ou três novos gramados esta tarde!".

O garoto sorriu um pouco tímido e respondeu, "Na verdade senhor, eu não estava tentando vender nada para a senhora Wilson. A verdade é que meu amigo e eu já cortamos a grama dela, e eu só queria me certificar que ela está feliz com o que nós estamos fazendo". Então ele pediu licença, virou-se e saiu para cuidar de seu negócio.

Pergunta: Quem é o empreendedor mais esperto?

Jimmy estava praticando algo que Martha Rogers e eu chamamos "descoberta de reclamações". Quando se trata de fidelidade do cliente, reclamações e insatisfações são as maiores aflições de qualquer negócio. Pesquisas mostram¹ que a fidelidade do cliente não está altamente correlacionada com sua satisfação, mas a infidelidade do cliente está altamente ligada com a sua insatisfação.

Ao invés de tentar surpreender e encantar os clientes com atos crescentes de serviços heroicos, em outras palavras, você deve gerar resultados financeiros melhores para seu negócio apenas cuidando mais da correção de problemas, consertando coisas que estão dando errado, e confrontando diretamente problemas que os clientes encontram.

Em um post recente² listei cinco atitudes que você pode tomar quando interage com a reclamação de um cliente, para transformar um reclamante em defensor. Mas e se um cliente nunca exprime sua reclamação para você? E se ele conta somente para os amigos, ou membros da família, ou colegas de trabalho – Ou para os seguidores do Twitter? A média dos reclamantes conta para nove ou mais pessoas sobre a experiência infeliz que teve. Então, resolver uma reclamação com sucesso não é apenas gerar negócio a partir da reclamação, mas também restaurar nove ou mais oportunidades perdidas com clientes ou prospecções. O ponto é, se você não está escutando nenhuma reclamação este deve ser um motivo de preocupação, ao invés de um motivo de parabenizar-se.

Para maximizar o sucesso de seu próprio negócio, e manter seus clientes o mais fiéis possível, você precisa estar certo de que é capaz de gerenciar mais e mais reclamações. Isso pode soar perverso, mas quanto mais reclamações você descobrir, mais oportunidades terá para construir seu negócio. Algumas coisas que você pode fazer:

Faça com que seja fácil reclamar. Publique um número de telefone e um endereço de email para reclamações, torne isso uma opção fácil em seu site. Dê aos clientes múltiplos caminhos para expressar problemas. Monitore esses canais 24 horas por dia, 7 dias por semana. Terceirize este serviço se necessário!

Monitore o tráfego de mídias sociais para qualquer menção de sua marca, produto ou negógio e alcance imediatamente os reclamantes. O Twitter tornou-se o canal escolhido para reclamações hoje em dia, então não deixe que essas reclamações fiquem sem atendimento. Melhor responder em minutos do que em horas, e deixar um dia ou mais é inaceitável.

Sempre retorne uma reclamação com um telefone direto ou contato de e-mail, ao invés de simplesmente pedir para que a pessoa dê mais detalhes, e então retorne prontamente.

Além disso, peça permissão para entrar em contato com um cliente alguns dias após qualquer transação incomum ou estressante. Não tente vender nada nessas circunstâncias, não importa se por e-mail ou telefone. Verifique apenas se tudo correu bem, e pergunte como sua empresa poderia ter realizado tal ação de uma maneira melhor.

[1] http://bit.ly/Wp0D0w 

[2] http://bit.ly/WoykzD 

Nick Thompson

Fonte: Por Don Peppers da 1to1Blog

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Como administrar melhor os e-mails no trabalho

Está começando 2013 e é preciso saber administrar bem o tempo. Muitas pessoas perdem muito tempo com os e-mails, além de usarem de forma errada esta ferramenta de trabalho.

Um estudo da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, divulgou que o excesso de e-mails nas empresas está relacionado com o aumento de estresse dos trabalhadores, assim como com a perda de produtividade das companhias. Segundo a professora responsável pela pesquisa, Caroline Sauvahol-Rialland, o excesso de e-mails e de informação em geral, acarreta riscos sociais e psíquicos para os empregados e empobrece a empresa.

O e-mail, sem dúvida, é uma das tecnologias recentes que mais dominou a vida das pessoas. O problema é que ele também virou um vício. Para muitos, ficar sem e-mail por algumas horas dá tremedeira no corpo, quase um processo de abstinência. Nas empresas, o e-mail se tornou o maior ladrão corporativo da produtividade (quase empatado com as reuniões).

O uso errado do e-mail é padrão: todo mundo copia todo mundo, volume de e-mails desnecessários, pessoas ansiosas que mandam e-mail e conseguem ligar antes do mesmo chegar, pessoas que usam e-mail para tirar a sua responsabilidade, caixas postais lotadas e muitos outros erros que o e-mail proporciona.

Christian Barbosa, maior especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade, separou algumas dicas para administrar melhor seus e-mails:

Veja o seu e-mail a cada duas horas – Se você ficar com seu e-mail aberto a todo momento, você terá mais interrupções, além de aumentar seu nível de estresse, ansiedade e vai fazer você multitarefar. Esse é o pior hábito que o profissional pode ter para perder o controle do seu tempo. Se a coisa for urgente de verdade, as pessoas vão te ligar. Se as pessoas não podem esperar duas horas para obter uma resposta sua, o seu problema não é o e-mail, pense nisso.

Escreva de forma objetiva – As pessoas que recebem minhas respostas já perceberam que eu não escrevo mais do que três ou quatro parágrafos. Se o assunto é longo eu ligo ou agendo pessoalmente, não perco tempo escrevendo. Ninguém mais tem tempo e paciência para ler e-mails muito longos, pode reparar que quanto mais longo seu e-mail, mais tempo ele demora a ser respondido.

Meta de ver o branco da Caixa de Entrada – Isso significa que sua “Inbox” deve ter menos e-mails do que a capacidade de uma tela, para você poder ver o branco que fica quando você tem poucas mensagens. Para isso, nesses horários foque em transformar seus e-mails em tarefas, reuniões, informações (pastas) ou simplesmente em lixo. Nada de trabalhar por e-mail, trabalhe por tarefas priorizadas.

Troque o e-mail por outros meios – A tendência é o e-mail deixar de existir nos próximos anos e isso vai acontecer pelo uso de ferramentas como Messenger, ferramentas de colaboração com um Neotriad, softwares de escritório como o Word on-line, compartilhamento de documentos, etc. Sempre que possível, pense em como evitar mandar um e-mail através de outra forma de comunicação.

Se for urgente, não mande e-mails – É necessário que as pessoas adotem essa política de resolver as urgências pessoalmente ou então por telefone. Isso porque, além de facilitar a organização da caixa de entrada daquele que receberia a mensagem, faz com que o problema seja resolvido muito mais rapidamente com uma conversa direta.

O bom uso do e-mail consegue definir o profissional produtivo do improdutivo.  A capacidade de lidar com as interrupções é um exercício diário de assertividade e objetividade, isso é uma questão de sabedoria na gestão do seu tempo. Procure planejar bem suas atividades e evite mensagens desnecessárias que, muitas vezes, atrapalham sua vida e daqueles com quem você compartilha este vício.

Fonte: Karina Magolbo, Editora da Revista Liderança.
E-mail: karina@editoraquantum.com.br