segunda-feira, 29 de abril de 2013

Cuidado com o "Third Rail" das Mídias Sociais

Em uma recente conferência na Europa, ouvi dois executivos da Disney dizerem ao público que a Disney aprendeu que precisava operar com regras completamente diferentes ao interagir "socialmente" com um consumidor. Oferecer promoções cross-sell, descontos e outras promoções por newsletter (e-mail) para os assinantes estava bom, mas a empresa aprendeu rapidamente que sempre que houve a tentativa de fazer tais ofertas aos amigos do Facebook de um dos seus muitos personagens da Disney, grande parte se ofendeu.

Não era apenas que a taxa de resposta dos amigos do Facebook foi menor. A Disney descobriu que apenas fazer as ofertas gerou comentários muito negativos, o que era muito pior do que não fazer campanha alguma de marketing. A Disney havia acidentalmente eletrocutado seu programa de marketing por utilizar o "Third Rail" das mídias sociais.

Isso certamente não acontece com todas as campanhas de mídia social, mas é provável que aconteça sempre que o seu negócio estiver divagando pela linha divisória não oficial, mas nítida entre o que as pessoas consideram atividades "sociais" e "comerciais". Podemos visualizar o problema facilmente com um exemplo do mundo off-line:

Suponhamos que você tenha um amigo que lhe pede um favor. Sua irmã está prestes a sair da faculdade e está tentando entrar na área de consultoria. Uma vez que você trabalha em uma grande empresa de consultoria, ele lhe pergunta se você seria capaz de marcar uma entrevista para ela lá. Você diz que pode sim organizar isso, e que você ficaria mais do que feliz.

Mas e se, quando ele pedir esse favor, disser que vai pagar R$ 100 se sua irmã conseguir uma entrevista, e outros R$500 se ela realmente conseguir um emprego em sua empresa? Será que você não se sentiria ofendido por isso? Talvez ele não seja realmente seu amigo, afinal de contas, você tem todo o direito de pensar isso. Isto certamente não é como amigos fazem favores para amigos.

À medida que sua presença na mídia social estiver firmada, você precisará ter em mente as grandes diferenças entre a forma como interagimos no domínio comercial de marketing e no domínio social. Nós não costumamos pensar sobre essas diferenças, mas esta história demonstra perfeitamente o quão óbvias elas são para todos. São tão óbvias que se você tentar usar o domínio comercial de marketing em um ambiente de domínio social, você vai correr o risco de eletrocutar-se neste "Third Rail".

Não que você não deva nunca oferecer produtos grátis e incentivos aos clientes através da mídia social, mas você tem que pensar com mais cuidado sobre o que e como você está se comunicando com eles. Em um futuro post falarei sobre a questão de como motivar os defensores da marca e fãs sem dar de encontro com o "Third Rail".

Fonte: Don Peppers da Peppers e Rogers Group

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Marketing Móvel: 5 Dicas Para Converter Atenção em Intenção

Na semana passada, enquanto participava da cúpula de Inbound Marketing em Nova York, tive a sorte de assistir a algumas apresentações incríveis de  vários líderes com pensamento em indústria. Um deles, Rick Bakas, o fundador da Bakas Media, fez uma grande apresentação sobre as melhores práticas para construir uma estratégia de inbound marketing focada em mobile. 

Quando os comerciantes desenvolvem o mobile marketing e as estratégias de engajamento móvel, é importante considerar a experiência do ponto de vista do cliente. Tão poderoso quanto os smartphones tornaram-se para navegar na internet móvel, fazer download de conteúdo, etc, eles ainda tem suas limitações. Os profissionais de marketing devem considerar o tamanho da tela, facilidade de uso, velocidade de download, etc.Como parte de sua apresentação, Bakas ofereceu aos participantes várias boas recomendações para melhorar a experiência móvel e aumentar o interesse dos clientes, que eu decidi expandir um pouco:

1. Pense em mobile primeiro, desktop depois. Embora os consumidores nos EUA atualmente talvez gastem o dobro do tempo com a mídia de desktop como o fazem com celular, a quantidade de tempo que os consumidores gastam com seus dispositivos móveis está crescendo a uma taxa de 14 vezes o da área de trabalho, de acordo com a eMarketer. Como os clientes continuam a aumentar o uso móvel, os comerciantes devem concentrar seus esforços em abordar plataformas móveis à frente de desktops tradicionais.

2. Faça os clientes fazerem  pouco, mas obterem muito. O conteúdo móvel deve ser fácil para os consumidores acessarem. Torne mais fácil para os clientes carregar um vídeo em seus celulares ou acessar outros conteúdos com apenas alguns toques. Quanto menos cliques exigidos, melhor.

3. Pense em imediatismo e intimidade. Os comerciantes devem associar imediatismo e a intimidade que as pessoas tem com seus dispositivos móveis. Os comerciantes podem alavancar o imediatismo através do marketing baseado em localização, oferecendo conteúdo atraente, relacionado a eventos atuais (por exemplo, promoções March Madness)etc, e porque os clientes estão muitas vezes com seus dispositivos móveis durante o dia todo e, muitas vezes veem os seus dispositivos como uma extensão de si, os comerciantes podem aproveitar o aspecto intimidade dos mobiles e fornecer aos consumidores um conteúdo que é personalizado e relevantemente, baseado no que é conhecido sobre eles.

4. Feche a lacuna do call to action. Faça seu call to action acionável. Torne  fácil e atraente para os clientes dar o próximo passo.

5. Direcione o tráfego exponencial. Proporcione ao cliente códigos QR, mensagens de texto, e aplicações de produtos de nicho que podem tornar mais fácil para os clientes conectarem-se com empresas para informações sobre o produto ou serviço ao cliente. Por sua vez, os clientes podem compartilhar esta informação com seus amigos, se eles acharem útil e que seus amigos vão ser beneficiados.

Fonte: Por Tom Hoffman - Peppers & Rogers Group

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Até quanto você deve pagar por um clique

A maior parte das campanhas de divulgação na internet utiliza o sistema de cobrança PPC – Pay Per Click. Esse é o caso dos links patrocinados no google Adwords e também dos anúncios no Facebook. Trata-se de um sistema mais inteligente e interessante do que o CPM – Custo por Mil impressões que era a única alternativa nos primórdios da publicidade on-line.  No entanto, existe um certo relaxamento dos anunciantes com relação ao impacto do custo por clique no ROI das campanhas. Em parte, isso deve a uma visão mais cômoda por parte dos canais de divulgação e dos responsáveis pela publicidade de que o sucesso de uma campanha seja mensurado pela visitação. Na verdade, a visitação é uma métrica fundamental nas campanhas de marketing digital, mas não é um fim em si mesmo e sim um meio de se realizar uma venda. O objetivo de qualquer campanha de divulgação, em última instância, é o lucro.

Tendo a lucratividade como parâmetro, a questão passa a ser: até quanto posso pagar por um clique sem perder dinheiro? É isso que devemos descobrir, antes de disparar a campanha. Veja a seguir a fórmula mais fácil de se fazer esse cálculo. Com ela, qualquer anunciante pode ter uma boa referência de até quanto pode pagar por um clique mantendo o ROI positivo.

Como calcular o CPC máximo. 

Vamos usar como exemplo uma loja virtual que queira fazer uma campanha para divulgar um livro. O preço de venda deste livro é 40 R$ e o seu custo direto para a loja é 25 R$. Para calcular o CPCmax, precisamos apenas de duas informações: 1) O lucro bruto por pedido e 2) A taxa de conversão da loja.

O lucro bruto é o preço de venda menos o custo da mercadoria vendida. No nosso exemplo: 40,00 – 25,00 = 15,00 R$.
A Taxa de conversão da loja é calculada dividindo-se quantidade de vendas de determinado período pela quantidade de visitantes. Supondo que a nossa loja virtual de livros realize 120 vendas por mês e receba 12.000 visitantes no período, chegamos ao seguinte resultado: 120/12.000 = 0,01 ou TC = 1%
De posse desses dois dados, o cálculo do Custo Por Clique Máximo se torna extremamente simples, basta multiplicar o Lucro Bruto obtido com o livro pela Taxa de Conversão, assim:

[ CPCmax =  Lucro Bruto x TC ]

Substituindo os valores do exemplo na fórmula, temos:

CPCmax = 15,00 R$ x 0,01 = 0,15 R$

Com vimos, no caso de nosso exemplo da loja virtual de livros, o valor máximo que o lojista pode pagar por um clique é 15 centavos.  Se ele pagar mais do que isso, o lucro não vai cobrir o investimento realizado na campanha. Por exemplo: se pagar 20 centavos por clique terá um custo de 20,00 R$ para trazer os 100 visitantes necessários para realizar uma venda. Como o lucro da venda é 15 R$ ficará com um prejuizo de 5 R$ em cada venda.

Essa fórmula pode ser utilizada em qualquer tipo de loja virtual ou produto. No caso de empresas em projeto ou startups, pode-se utilizar a taxa de conversão de 1%. Essa é a taxa média de conversão no ecommerce, e é relativamente segura em termos de estimativa. No que se refere ao lucro, para se utilizar a fórmula na venda de mais de um produto basta utilizar o valor médio dos pedidos (ticket médio) menos o custo médio desses pedidos.

Fonte: Dailton Felipini é mestre e graduado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. Consultor especialista em e-commerce, autor de cinco livros sobre ecommerce, editor do site www.e-commerce.org.br e da LeBooks: Livraria de eBooks.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Vendas é coisa de campeão

A melhor maneira de ficar rico é trabalhando com vendas, e, como todos nós vendemos, a riqueza está aí para ser conquistada. Como não há nada de errado em querer ganhar dinheiro, afinal, realmente ele, por si só, não traz felicidade, mas, sem ele, vejo muita gente triste e infeliz por não poder comprar um paracetamol para o filho com febre, peço de coração que você aprenda a vender mais e mais. Por isso, veja o acrônimo abaixo que lhe dá boas dicas de como se tornar um campeão em vendas. 

C – competência: pensamentos positivos nos fazem sair do buraco que nos metemos. Mas, sem competência, caímos nele novamente, e, pior, cavamos mais e mais. Competência é o que cria raiz. Ela é como as árvores robustas, que antes de crescerem pra cima, crescem para baixo, criando raízes fortes para não serem derrubadas por qualquer vendavalzinho. Todos os dias se capacite, treine, estude, observe gente de sucesso, vendedores que admira, leia livros, enfim, não perca tempo falando mal da empresa, do líder, dos produtos ou do preço daquilo que vende. Dê um jeito de encontrar clientes que queiram comprar o que você vende. Se oferecer carne para vegetariano é claro que há pouca ou nenhuma chance de vender. Procure seus clientes, gaste mais sola de sapato e as cordas vocais ligando e fazendo visitas. 

A – alegria: sim, alegria vende. Às vezes os clientes nem compram porque o produto ou serviço é tão melhor ou mais barato que o da concorrência. Eles compram porque a largura do seu sorriso foi maior que o desconto da loja ao lado. Vá para o trabalho com um sorriso na cara. Testa franzida só faz mal, e ainda deixa marcas de expressão. Vejo gente com a cara amarrada atendendo e tentando vender. Nem em funerária isso funciona. Parece até que alguns vendedores são mais especiais do que os clientes, é como se o vendedor fizesse um favor por estar ali. Nós, vendedores, temos que esbanjar alegria, sorrisos, afinal, a única coisa que não podemos fazer se as coisas não estiverem bem, seja na empresa ou em casa, é franzir a testa, pois essa atitude fecha as portas e janelas das oportunidades de se dar bem na vida. 

M – molejo: vendedor campeão tem que ter molejo, tem que saber driblar os contratempos que acontecem em todas as empresas e, frequentemente, com os clientes. Num piscar de olhos podemos estragar todo o trabalho que tivemos antes para conquistar um cliente. Lembro uma vez que fui reclamar com um vendedor que havia me vendido um sapato, que, segundo ele, tinha muita qualidade e resistência. Porém, uma semana depois as costuras soltaram. Fui até à loja e o vendedor, com uma cara de bravo foi até o gerente e disse: “hei, veja este sapato que vendi. Estourou e eu havia dito ao Sr. Paulo que era resistente e de qualidade. Vamos agora mesmo ligar para a fábrica e resolver essa situação, além de darmos outro par de sapatos ao Paulo”. Fiquei impressionado. Anos depois fui dar um treinamento a essa empresa e descobri que aquilo fazia parte do “molejo” da empresa, era tudo combinado para fazer os clientes se sentirem as pessoas mais importantes do mundo. E o ego do gerente? Que ego, quem disse que quem quer se dar bem na vida está preocupado com ego? O que a pessoa quer é vender e ganhar dinheiro, e não ego. 

P – produtividade: vendedor tem que produzir vendas, e pronto. Não adianta esperar a campanha de marketing da empresa, que, quase nunca sai como os vendedores gostariam que fosse. Pois então, se não estão fazendo as coisas como você imagina que daria certo, que tal pôr a mão na massa para produzir mais vendas? Uma revendedora de produtos cosméticos e de utilidades domésticas, por exemplo, pode captar clientes na lista telefônica, na internet, visitando este ou aquele escritório, consultório. O mesmo pode ser feito pelo vendedor de carros, de roupas, de joias, enfim, do que quer que seja. Claro que você também deve procurar estratégias, alianças poderosas para aumentar suas vendas. O vendedor de móveis planejados, por exemplo, sabe que precisa ter parcerias com arquitetos, engenheiros. Mas, os vendedores que vão estourar a boca do balão de tanto vender nessa área são aqueles que saem em busca de obras, construções em andamento, e dialogam prazerosamente com pessoas simples, mas, repletas de informações de vendas para dar. Vá onde seus clientes estão, seja a pé, de ônibus ou avião. Só assim sua produtividade em vendas aumenta. 

E – energia: vendedor sem energia é como controle remoto sem pilha ou celular sem bateria: não funciona. Energia é diferente de alegria. Mesmo que às vezes esteja triste, o que é normal para todo ser humano, você tem que estar com a energia recarregada, pois ninguém gosta de empurrar pessoas. Como já disseram, é melhor segurar o ímpeto de alguém do que ter que empurrar quem não quer nada com a vida. Equilibre suas energias, e isso se dá através da fé, do amor, do relacionamento com pessoas de bem, fazendo bem ao próximo, comemorando pequenas vitórias, passeando pelo parque ou simplesmente brincando no chão da sala com as crianças. Vendedor campeão vive energizado e quando nota a bateria quase arriando, logo liga na tomada de novo para seguir sua trajetória rumo ao sucesso nas vendas e nos negócios. 

A – amor: o mundo e o universo das vendas precisam de mais amor. Temos visto pessoas sem paixão pelo que fazem. Estão numa profissão apenas pelo dinheiro ou, pior, porque se abandonaram e não encontram formas de fazer o que amariam estar fazendo, e aí vão levando a vida do jeito que dá. É muito triste ser atendido por quem não gosta do que faz. Mas, é mais triste ser atendido por quem não gosta do que faz, e faz questão de demonstrar isso. Falo isso porque é diferente você não gostar de fazer alguma coisa, porém, fazê-la bem-feito pelo menos, do que expor todo seu descontentamento na hora em que está atendendo alguém. Eu, por exemplo, não gosto de algumas tarefas que preciso executar, mas, continuo fazendo-as com atitude positiva e um sorriso no rosto, afinal, o cliente não tem nada a ver com as minhas frustrações ou problemas. Coloque uma pitada de amor no seu trabalho. Às vezes, de tanto amor que colocamos em nosso trabalho, que o que não gostávamos agora começa a dar prazer. 

O – obstinação: vendedor tem que ser obstinado por vender. Gente fera em vendas só não entrega cartão em velório. Um dia desses eu estava na fila do banco e comentei com um amigo meu que pretendia trocar de carro. Logo que terminei de falar, um jovem me estende a mão e diz: “Paulo, desculpe, mas não pude deixar de ouvir sua conversa. Tem uma loja sensacional que, só nesta semana, está com os carros 0 km numa superpromoção, além de, claro, servir o melhor cappuccino da cidade”. Sorri e perguntei se ele era vendedor: “não de carros, mas de propaganda em sites da internet. Quando o senhor quiser divulgar seus negócios, lembre-se de mim, pois sou o único que anuncia meus clientes até na fila dos bancos". Fantástico não é? 

Grande abraço, fique com Deus, sucesso e felicidades sempre!

Autor: Professor Paulo Sérgio Buhrer

Fonte: E-zine Venda Mais